sexta-feira, 16 de abril de 2010

Saudade


Saudade da minha inexistência
Saudade da minha curiosidade pelo mundo
Saudade de quando tudo se resumia a mamãe e 'gagau'
Saudade de todo esse tempo maternal.

Saudade de um passado incerto
De um momento fraterno
Saudade dos meus tempos de quintal
das plantinhas e das urtigas
Saudade de regar todas elas e ouvir cantigas
de pegar minhas panelas e o avetal
Saudade de brincar de conzinha
e estender roupas no varal
Saudade de brincar de gente grande
Agora a brincadeira virou realidade
e antes quem mais queria brincar de adulto
se vê no futuro preso aos devaneios da imaturidade
e não bastando o mundo irreal
vive com o presente marcado
complexo e desleal
e hoje só deseja brincar de passado .



Quando eu era menor, sempre quis ser adulta e todos os adultos respondiam que essa era a melhor fase,eu nunca entendera...logo depois descobri a felicidade da inocência de uma criança,da pureza das perguntas, do quanto são maleáveis, rir e chorar,comer e dormir, brincar e brincar.

Saudades

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